segunda-feira, 9 de novembro de 2015


AMO-TE ENFIM...
(Fcº Assis)

Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar  mais do que pude
.

segunda-feira, 20 de julho de 2015


         ANSEIOS


             
(Fco  Assis)

Água eu queria ser - pela alegria
De dar-te a beber meu próprio ser,
Por tua sede, que eu não mataria,
- Para molhar teus lábios por prazer...

Vento eu quisera ser - e à noite, iria
Quando adormecida, te surpreender
Ressonando em teu leito, e então seria
O ar que precisas para sobreviver!

Fogo eu quisera ser - e em rubras chamas
Num delírio de amor, toda, abrasar-te,
Para ter a certeza de que me amas...

Depois, para possuir-te, de verdade,
Terra eu quisera ser!... E disputar-te
Ciumento, à noite, pela eternidade!


quinta-feira, 19 de julho de 2007

APOLOGIA AO AMOR (F. Assis Silva)
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segunda-feira, 2 de julho de 2007

DIA DOS PAIS - O Filho Pródigo

DIA DOS PAIS - O Filho Pródigo
(poema de Francisco de Assis Silva)

Pai, quando o amanhã afagar a tua vida
E os teus cabelos brancos refletir sua luz,
Lembra-te deste filho de alma incompreendida
Que chorando busca refúgio em Jesus.

Outrora, esse teu filho deixou os teus passos
E se embrenhou na desdita do mundo;
Do lar paternal, fugiu do seu regaço,
Redundando hoje num penar profundo!

Pai, hoje reconheço o meu futuro incerto,
Longe dos conselhos que de tí ouví;
Deixei me levar por áridos desertos
E só muito tarde o erro percebí!

Pai, sentí no meu peito a ânsia de voltar
De novo, ao teu seio, humilde, arrependido,
Pois não suporto mais viver o vagar
Que longe de tua casa eu tenho sofrido...

Tão abatido estou que já não me conheces!
-A ação metálica do tempo em mim resiste;
Nem pareço aquele que nas tuas preces
Aínda pequeno, nos teus braços vistes!

A tí, confessarei, meu coração partido,
Toda a rebeldia, quando longe estive
Antes, das bolotas que tenho comido,
Veio a abundância e Cristo em mim vive!

@ @ @

(Poema de Francisco de Assis Silva-2005)